Outono

Agora que o Outono voltou e a nostalgia dos dias cinzentos nos deixa bucólicos, deixo-vos por aqui um provérbio Árabe que vem bem a calhar, nestes tempos em que todos dizem o que querem, tudo se faz para se conseguir algo ou que por muito terem se acham capazes de tudo comprar.

Não digas tudo o que sabes,

Não faças tudo o que podes,

Não acredites em tudo o que ouves,

Não gastes tudo o que tens.

Porque:

Quem diz tudo o que sabe,

Quem faz tudo o que pode,

Quem acredita em tudo o que ouve,

Quem gasta tudo o que tem,

Muitas vezes,

Diz o que não convém,

Faz o que não deve,

Julga o que não vê,

Gasta o que não pode.

Tal como oiço tantas e tantas vezes na RR, termino com: "Já agora, vale a pena meditar nisto!"

(In)Segurança.

As férias acabaram. Férias que de férias tiveram quase só o nome, pois que obras e pinturas em casa se impunham… talvez por isso nem tenha dado pelo tempo passar!
No que toca à net e ao pc foram de facto férias já que a trovoada resolveu dar uma “ajudinha” durante um curto período de ausência… vejamos se o seguro é como o Liedson!

Durante as ditas muita coisa aconteceu, mas talvez aquilo que mais me deixou alerta terá sido a segurança, ou a falta dela, no caso.
É que voltaram a atacar os carteiristas em Mangualde, e desta vez foram mesmo a lugares reservados e dento de uma mala de senhora buscar a dita (desta feita não foi da minha esposa, mas da colega). Atente-se ao descaramento!
Dias depois são arrombados os cofres da Igreja Paroquial de Santiago em plena luz do dia (fim de tarde) e não contentes com o produto, vai de procurar informações a uma pessoa que por ali passava sobre o paradeiro do Pároco, como foi dito que não estava, terá respondido que ia ao carro buscar um papel para deixar debaixo da porta. Mas que o raio do papel era forte, dando por nome de “pé de cabra” e arrombou a porta! Por sorte apenas conseguiu subtrair algumas dezenas de euros, e para compensar, deixou uns óculos, presumo que de sol.
O grave é que face às medidas e notícias que têm vindo a público, parece que as leis cada vez mais favorecem os bandidos, e por isso a “vergonha” é cada vez menor. Estaciona o carro no próprio adro da Igreja, faz perguntas cara a cara, e depois “aí vais disto ó Evaristo”.
Para culminar, esta nova revolução, que faz dos polícias parvos pondo cá fora presos por crimes violentos (e outros) que agora podem gozar com aqueles que (tantas vezes) arriscaram a vida para os apresentar à justiça. Isto não lembra ao Diabo… mas aos iluminados que se sentam em círculo não fazendo ideia nenhuma do que é a realidade nua e crua do dia a dia dos Portugueses. Há dias a TV dava conta de um fulano que foi preso em flagrante quando assaltava um restaurante pouco tempo depois de ter sido libertado à luz das novas leis… mas valerá a pena prendê-lo?

O Canto do Cisne

A expressão o «canto do cisne» é utilizada para classificar os últimos grandes momentos de alguém, como um artista, por exemplo. Isto porque durante muito tempo acreditou-se, erradamente, que os cisnes entoavam o mais belo som produzido à face da Terra imediatamente antes de morrerem.
O canto do cisne é uma crença muito antiga, segundo a qual o cisne mudo (a subespécie que vive nos lagos e jardins públicos das cidades) passa toda a vida sem emitir um único som. A excepção é o momento que antecede a sua morte, altura em que canta uma canção extremamente bela, capaz de provocar lágrimas em quem o ouve... O romano Plínio, o Velho, escreveu no ano de 77 d.C. que a crença era falsa, o que atesta a sua antiguidade. Antes, autores como Platão, Eurípedes, Aristóteles, Séneca e Cícero tinham ajudado a espalhar a lenda, escrevendo que o fenómeno acontecia na verdade. Hoje sabe-se que o cisne mudo não é, de facto, mudo, produzindo vários sons ao longo da vida, e que não está para cantorias quando morre. Mas a lenda é tão apelativa que ainda há quem a tome por verídica.

Vem isto a propósito da morte de Luciano Pavarotti. Eu nem sou muito devoto de óperas, mas admito que este grande senhor colocou a ópera num outro patamar, trazendo-a por exemplo dos palcos dos teatros, para os grandes concertos, misturando-a com outros géneros de música. Infelizmente a passagem terrena é efémera e também ele terá entoado o seu "canto do cisne".

Mas não só por isso, também o famosíssimo caso Madie estará para dar o "canto do cisne" e este da pior maneira possível. Ou muito me engano, ou como eu sempre disse, estará uma "bomba" para rebentar no Algarve.

Agora que se fala tanto em Stress, até no stress pós férias, também muita gentinha ficará com uma espécie de Stress pós Madie, principalmente aqueles que tanto contribuíram para a mediatização do caso acreditanto num desfecho, que afinal.....

Falando em Stress, daqui a uns dias verei se essa coisa do stress pós férias é treta ou não!