O meu cantinho!...

Não sou Poeta, não sou Professor, não sou Engenheiro e muito menos Doutor. Sou alguém que aprendeu a ser o que é, porque um dia me disseram que na vida o que realmente importa é ser eu próprio, confiar nos sentimentos e respeitar o que nos rodeia, ...as pessoas e ...o Mundo!

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sexta-feira, janeiro 22, 2010

Casamento... a três, ou mais!

"Por que razão se há-de impor dogmaticamente que o casamento se estabelece entre duas pessoas?! Por que não entre três?

O país comoveu-se quando a menina Jéssica declarou publicamente amar a menina Nádia e, por isso, com ela querer casar. E indignou-se quando um qualquer mangas-de-alpaca se opôs a tão nobre propósito, com o retrógrado pretexto de que o Código Civil não apadrinha um tão extremoso ajuntamento. Vai daí as duas meninas, em nome da sua arrebatadora paixão, decidem recorrer para os tribunais, que, em última instância, negam o direito ao pretendido casamento. O que lhes valeu foi o Governo, que, comovido com o enternecedor folhetim e zangado com os malvados juízes, se apressou a fazer justiça pelas suas próprias mãos, autorizando o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a que se seguiu a posterior aprovação parlamentar. Alegre-se o país com o happy end que pôs termo a este emocionante folhetim, digno de Bollywood, mas ninguém se iluda, porque o feliz desfecho deste rocambolesco episódio mediático mais não é do que o preâmbulo de um novo regime do casamento civil em Portugal.

A verdade é que as duas heroínas do amor, protomártires do casamento dito homossexual, são um bocado antiquadas, pois a sociedade pós-moderna deste sorridente século XXI conhece mais arrojadas expressões de acasalamento. Por exemplo, essa "cena" de que o casamento é a dois já deu o que tinha a dar e, mesmo que se admita como relíquia de outras eras, não pode ser tida, numa sociedade multicultural e globalizada, como a única modalidade matrimonial reconhecida pela lei civil. Com efeito, por que razão se há-de impor dogmaticamente que o casamento se estabelece sempre entre duas pessoas?! Porque não entre três, por exemplo, que é a conta que Deus fez?!

Se a menina Nádia e a menina Jéssica têm direito a que o seu romântico amor seja juridicamente considerado matrimonial, porque razão o menino Ibrahim, magrebino que joga no Futebol Clube da Reboleira, não pode casar simultaneamente com as suas amadas Sheila e Cynthia? Afinal, onde é que está escrito que o casamento é monogâmico? No Código Civil, é certo, mas não era também nesse vetusto pergaminho que se prescrevia a não menos odiosa exigência da disparidade de sexo, que tanto afligiu as meninas Jéssica e Nádia?!

Se já se admite a união "matrimonial" de duas mulheres ou de dois homens, admita-se também o casamento de vários cônjuges! Se não se aceita apenas o matrimónio monogâmico e heterossexual, reconheça-se então, pela mesma razão, o casamento poligâmico e homossexual! Se se deu às meninas Nádia e Jéssica o direito ao seu recíproco casamento, não se negue ao menino Ibrahim o direito ao seu harém, a bem da liberdade de nós todos, dele e também das suas muito queridas Cynthia e Sheila que, em tempo de crise, estão pelos ajustes de partilhar o mesmo marido.

Diga-se ainda, por último, que a exigência legal de que o matrimónio se estabeleça entre duas pessoas é contrária aos mais elementares direitos dos animais não-humanos. A definição do casamento como união de um homem com uma mulher é tão arcaica quanto o matrimónio para a procriação: o casamento moderno não tem nada que ver com a família ou com a geração, porque foi elevado à sublime condição do mais libérrimo amor. Ora o amor não se afirma apenas entre os humanos, como muito bem sabem quantos estimam os animais mais do que os seus semelhantes que, salvo melhor opinião, não são as ditas bestas.

Assim sendo, espera-se agora que a D. Arlete, que, desde que faleceu o marido e os filhos abalaram para parte incerta, se entregou de alma e coração à sua gata Britney, exija que o Estado português lhe permita institucionalizar esta sua amantíssima relação com o seu bichano, bem mais fiel do que o seu defunto ente querido, e muito mais carinhoso do que a sua ingrata prole. É provável que o zeloso funcionário de turno não queira abençoar esta revolucionária união e que, mais uma vez, os tribunais confirmem a recusa, em nome de um qualquer alfarrábio ultramontano. Mas se a D. Arlete, à imagem e semelhança do amoroso casalinho das meninas Jéssica e Nádia, perseverar no seu revolucionário empenho, é certo e sabido que tem garantida a vitória nos corações de todos os portugueses, sejam eles gatos ou não. E, mesmo que os tribunais não lhe dêem a razão, terá decerto direito ao prime time dos noticiários de todas as televisões e, depois, à bênção nupcial do Governo e do Parlamento. (Nota: todos os nomes são fictícios, menos o da gata, à qual se pede desculpa pela inconfidência)."

Artigo do jornal "Público" de 2010-01-18, por Gonçalo Portocarrero de Almada, Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia. Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)

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Este artigo chegou-me via E-Mail, e por concordar genericamente com a mensagem que pretende transmitir, por se tratar de uma abordagem um bocadinho diferente do habitual, e porque também, não sendo contra a homossexualidade (cada um escolhe o seu caminho), sou contra a igualdade entre o meu casamento e aquele agora autorizado, decidi aqui publicá-lo, sujeitando-o à leitura e reflexão de cada um de nós...

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sexta-feira, janeiro 15, 2010

Notas históricas de Cassurrães

Existia na Igreja Paroquial de Santiago de Cassurrães em tempos idos um Sacrário elaborado em pedra de Ançã, que depois de abandonado e mutilado, crê-se repousar hoje nas dependências da residência paroquial. Sobre este Sacrário, encontrei estes escritos do Dr. Alexandre Alves:

O Sacrário

«O Sacrário, embora mutilado, chegou até aos nossos dias e encontra-se acautelado numa das dependências da residência paroquial. Dele dissemos, no «Not. Da Beira» de Mangualde, (nº 673), em Junho de 1957:
«No cemitério velho onde, por muitos anos, jazeu abandonado, magoadamente serviu de alvo às pedradas do rapazio inconsciente. Um dia um bocado, amanhã outro, lentamente se ia esquirolando, destruindo, uma obra que, outrora, com tanto orgulho, adornara a velha Abadia - Obra amorosamente encomendada aos mais famosos canteiros e escultores de então, que eram os artistas de Coimbra, mestres consumados da arte da Renascença.
«Parece um castelinho, todo ele. Duas figuras de anjos como que chamam a atenção para a porta principal da morada do Senhor, sobre a qual adeja a pomba do Espírito Santo, delicadamente trabalhada em baixo relevo – delicadeza só possível em material tão plástico como é aquela pedra da região coimbrã. Duas portas laterais (dando a ilusão de entre abertas) e, dividindo todas, quatro colunazinhas, com os seus capitéis completam o corpo central do sacrário, rematado por um pequeno templo de quatro pórticos de volta inteira separados por colunas. Pináculos, guaritas e contrafortes aformoseiam o conjunto a que falta, não haja dúvidas, uma imagem (a) que repousaria sobre o templete.
Também, tudo leva a crer que este sacrário não seja obra isolada, completa em si mesma, mas antes o motivo central de algum retábulo... A nossa crença nasce e fortifica-se pelo estudo comparativo de obras semelhantes, desta época, e que adiante mencionaremos.
«O sacrário da Abadia de Santiago é uma obra tipicamente, inconfundivelmente coimbrã. A vinda de artistas franceses para Portugal - João de Ypres e Olivério de Gand, Chanterene, João de Ruão, Jacques Buxe e outros foi um facto capital que domina não só a arte de Coimbra no séc. XVI, mas a história do Renascimento em Portugal e abre um novo ciclo à influência francesa na nossa arte. Uma série de retábulos, túmulos e portais, muitos deles datados, permitem seguir no Museu de Machado de Castro e nos arredores de Coimbra (Celas, Tentúgal, Montemor, S. Silvestre, S. Marcos, Varziela, Cantanhede, e até mais longe, na Trofa, Óbidos, Góis, Guarda, etc.) a evolução da escultura coimbrã».
«Também a este cantinho idílico do concelho de Mangualde chegou (talvez por encargo de algum abade culto) o eco famoso dos imaginários da cidade do Mondego.
«Assim, esta obra lamentavelmente mutilada, tem semelhanças com o sacrário do Sacramento da Sé Velha de Coimbra, atribuído a Tomé Velho, discípulo de João de Ruão; manifesta intimas afinidades com o retábulo da capela-mor da igreja de S. Marcos, nas proximidades de Coimbra, «uma das mais representativas obras de escultura da Renascença francesa, devida a Nicolau de Chanterene – artista que colaborou nas obras do Mosteiro dos Jerónimos» (1.º quartel do séc. XVI); ainda mais flagrantemente parecido com o sacrário do retábulo da Igreja matriz de Águeda: «um retábulo na capela do Sacramento, com o sacrário em forma de castelinho com suas amuradas, na parte central; aos lados, figuras de anjos esculpidos na pedra» … e para rematar, diremos que em «O Primeiro de Janeiro» de 19 de Junho findo, na Secção «Das Arte das Letras», deparámos com uma notícia acerca do Museu Municipal de Pinhel, ilustrada com a fotografia dum retábulo renascentista, que tem, como motivo central, um sacrário gritantemente, aparentado, quase igual ao de Santiago.
»

In Família Paroquial de Santiago de Cassurrães, nº 48 pág. 2 de 1961 por Alexandre Alves

Notas Pessoais

(a) – Em escritos posteriores, que relatam obras na Igreja, existe uma descrição menos pormenorizada deste sacrário, mas é dito que sobre o templete repousava uma imagem de S. Pedro. «… um belo retábulo Renascentista de pedra de Ançã. O motivo principal deste retábulo é um Sacrário. Encontra-se a meio, encimado por um templete, rematado pela imagem de S. Pedro...»

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sábado, janeiro 09, 2010

A Cenoura

Imagem retirada da Net
O maior benefício da cenoura é a vitamina A, protectora do cancro. A cenoura contém betacaroteno, que o organismo converte em vitamina A, necessária para uma visão saudável e para a conservação das membranas mucosas.
Um dos primeiros sintomas da deficiência da vitamina A é a incapacidade de os olhos se adaptarem à escuridão. Em caso de deficiência de vitamina A, basta comer uma cenoura por dia para melhorar a visão nocturna.
Contrariamente à maioria dos outros legumes, as cenouras cozinhadas são mais nutritivas do que as cruas, pois as paredes das células são muito rijas e o organismo só consegue aproveitar menos de 25% do seu betacaroteno. A cozedura, porém, quebra as membranas das células, e, desde que as cenouras cozinhadas façam parte de uma refeição com alguma gordura, o organismo consegue absorver mais de metade do caroteno.
As cenouras em puré são aconselháveis para os bebés com diarreia, pois fornecem nutrientes essenciais e açúcares naturais.
Ao contrário do que se pensa, as cenouras podem ter produtos tóxicos, pelo que devem sempre ser descascadas.

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